Apesar do body positive ter ganhado força com as redes sociais nos últimos anos, esse movimento surgiu como uma grande potencia inicial na década de 60.
Ele prega, principalmente, que as pessoas tenham um olhar mais positivo sobre seu próprio corpo e naturalizem suas características físicas.
Desta forma, além da valorização da mulher e do seu posicionamento na sociedade, o Body Positive virou uma outra maneira de manter o autocuidado de forma constante.
E mesmo depois de tantos anos, o Body Positive não poderia ser mais popular e importante para a sociedade como atualmente.
Vem entender com a gente o que esse movimento representa e como aderir de forma simples e prática!
O que significa body positive?
Em tradução literal, esse termo significa corpo positivo e serve para designar o movimento que prega o amor e respeito ao corpo do jeito que ele é.
Ou seja, se amar independente de qualquer circunstância é a palavra da vez, não importando seu tom de pele, etnia, formato do corpo. Se amar exatamente pelo que representa.
Mesmo que o movimento seja aberto a todos os gêneros, o body positive ganhou muita popularidade entre as mulheres. Inclusive, o termo é visto como um símbolo para muitos grupos como mulheres plus size e negras, por exemplo.
Ao longo da história, as mulheres sempre se viram obrigadas a ter um determinado tipo de característica para agradar o homem, como o uso dos espartilhos até o século XIX para modelar o corpo, e satisfazer o desejo masculino.
Como surgiu o movimento body positive?
Apesar dele ter se popularizado com a internet e as redes sociais, a luta contra a padronização imposta pela indústria da beleza e da moda teve início no final da década de 60.
Em 1967, Steve Post, um locutor nova-iorquino realizou uma ação no Central Park para protestar contra a discriminação que as pessoas gordas sofriam, o Fat-in.
Dessa forma, o evento reuniu cerca de 500 pessoas que queimavam livros de dietas e fotos da modelo Twiggy (responsável por estabelecer o padrão de beleza magro).
No mesmo ano, Lew Louderback escreveu o artigo “Mais pessoas deveriam ser gordas” para a revista norte-americana “Saturday Evening Post”. A publicação foi uma resposta à discriminação que sua esposa havia enfrentado devido sua aparência física.
Assim, o artigo inspirou a criação da Associação Nacional para Aceitação Avançada de Gordura (National Association to Advance Fat Acceptance), em 1969, para melhorar a qualidade de vida de pessoas obesas.
Nos anos seguintes, várias iniciativas foram desenvolvidas contra atos discriminatórios relacionados à aparência e em prol do body positive. Uma delas foi a criação da The Body Positive, em 1996, na Califórnia.
Inicialmente essa organização sem fins lucrativos oferecia treinamentos às meninas do ensino médio sobre amar seus próprios corpos. Posteriormente, foram criados cursos para universitários e profissionais da saúde.
Qual a importância do movimento?
Embora os meios de comunicação tenham intensificado os padrões de beleza, eles sempre fizeram parte da sociedade. O uso de espartilhos apertadíssimos e diversas camadas de roupa, para afinar a cintura, são exemplo disso.
A popularização das revistas e da televisão, no início do século XX, tornou essa ditadura da beleza ainda mais forte. Até pouco tempo, as publicações femininas, inclusive para adolescentes, eram voltadas a ter o corpo ideal, a conseguir a cintura igual à de determinada atriz, entre outros.
Desse modo, as mulheres cresceram sendo obrigadas a se encaixar em um padrão de beleza impossível de alcançar. Isso fez com que muitas passassem a odiar e ter vergonha de suas próprias características.
Nesse sentido, o body positive é importante pois desconstrói o ideal de corpo perfeito, e faz as pessoas entenderem que são únicas, com características próprias e singulares.
Como funciona o movimento de amor próprio ao corpo?
O body positive celebra o amor próprio independente das características físicas, promovendo, principalmente, a autoestima.
Ou seja, ele não cria um novo padrão, mas prega a naturalização do que pertence ao corpo, como:
- Nariz grande ou torto;
- Existência de cicatrizes (queimadura, cirurgia ou acidente);
- Celulites e estrias;
- Condições de pele, como melasma, vitiligo ou sinais de nascença;
- Membros amputados;
- Entre outros.
Desse modo, o movimento estimula as pessoas a não deixar de realizar atividades por vergonha de alguma característica própria. Você já deve ter escutado o relato de uma amiga que deixou de ir a praia por não estar satisfeita com o seu visual.
Por outro lado, ele prega que é importante a pessoa se aceitar e se amar, mas não se conformar e viver insatisfeito.
Ou seja, você não deve se comparar e nem ser discriminado por suas características que te fazem ser uma pessoa única. Contudo, nada te proíbe de mudá-las.
Ainda assim, os adeptos ao body positive destacam a importância de não usá-lo como uma desculpa para hábitos prejudiciais à saúde.
Isso quer dizer que a pessoa precisa buscar ajuda médica caso esteja com problemas de saúde por estar muito acima ou abaixo do peso.
Por que e como aderir o body positive?
A forma como cada pessoa se enxerga é essencial para a sua qualidade de vida. Dessa forma, aderir o body positive torna a vida mais leve e trás diversos benefícios, como:
- Olhar mais positivo sobre si mesma;
- Melhora o humor;
- Proporciona mais autocuidado (self care);
- Melhora a saúde mental;
- Diminui os níveis de ansiedade e depressão;
- Entre outros.
Se aceitar é uma tarefa difícil, mas não impossível, principalmente quando passamos a enxergar que cada corpo é único.
Veja a seguir cinco dicas para você começar agora mesmo.
1. Não se compare
O primeiro passo para aderir esse movimento é parar de se comparar com aquela amiga ou a celebridade da internet.
Afinal, cada pessoa tem experiências, estilo de vida e um DNA diferente. Logo, nenhum corpo pode ser considerado igual, e tentar alcançar o “modelo ideal”, só causa insatisfação e frustração.
2. Conheça suas qualidades
Muitas pessoas têm um olhar amoroso com o outro, mas não tem consigo mesma. Portanto, uma forma de adotar o body positive aos poucos é reconhecer suas próprias qualidades.
Liste suas características positivas que te fazem ser uma pessoa única, como um sentimento, um hábito, entre outros.
3. Evite pessoas tóxicas
Repense a amizade com aquela pessoa que sempre tem um comentário maldoso sobre você, que te indica dietas que não são solicitadas, ou adora dizer que você ficaria bem de um jeito X ou Y.
Essa dica também vale para relacionamentos amorosos e familiares. Por isso, mantenha perto apenas pessoas que te apoiam e incentiva a ser quem você quiser ser.
4. Tire um tempo para você
Desligue os aparelhos eletrônicos e passe um tempo sozinha com você. Isso ajuda não só a se conhecer melhor, mas a ver o seu corpo com um olhar mais amoroso.
Separe um final de semana para fazer um spa day em casa ou alguns minutinhos para meditar.
Essas atividades promovem uma maior conexão com você mesma e, assim, são ótimas maneiras para entender sentimentos e desejos.
5. Pare de seguir perfis padrões
As redes sociais estão cheias de pessoas que se encaixam nos padrões de beleza sociais, exibindo suas vidas perfeitas.
Embora a gente saiba que não dá para ser feliz o tempo todo, se expor a esse tipo de conteúdo pode acarretar sérios danos na autoestima.
Além de se comparar mais, muitas pessoas passam a tentar buscar aquele ideal, passando por cima de várias coisas, inclusive da sua saúde mental.
Portanto, pare de seguir celebridades que não te acrescentam em nada e estão muito longe dos seus princípios. Prefira acompanhar perfis de pessoas com uma realidade próxima da sua (física, econômica e social) e que te incentivam a se sentir linda do jeito que você é.
Dessa forma, será muito mais fácil olhar para si própria com respeito e aceitação.
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